Sou o pingo que insisti em cair
mesmo com o cessar da chuva
Sou curva que em nada chega,
linha reta da incerteza
Sou abraço preguiçoso,
ansioso em receber
Sou o ter invisível,
indisponível querer
Tenho em mim manhãs
de noites mal dormidas
Investidas no nada
em inventadas palavras de amor
Tenho a dor em meus caminhos
Desalinho constante
como um troféu em uma estante
Admiro o sofrer
Sou calma menina sem brilho nos olhos
sempre a procura do que procurar
Se amarro ou se solto
Amarroto,
fingindo não ver o que foi
Insistindo em encontrar
Em mim saudades
que não passam
ultrapassam
me enlaçam no passado
Há cuidado
exagerado
encostado
ali guardado
Onde escondo
o que em mim
não encontro
Num lugar que não sei como chamar.
Milene Cristina
Majestosos os teus versos.. versos soltos e bem construidos que eu ainda não consegui fazer pq sou doente por rimas .. tu tem uma maneira diferente de escrever.. uma linha complementa a outra e tudo vaii ganhando sentido até o final.... bjs e um lindo dia
ResponderExcluirPrecioso. Encantoume o comezo, e especialmente estes dous versos: " Sou curva que em nada chega, linha reta da incerteza"
ResponderExcluirEsa contraditoria imaxe pareceume sublime.
Queridos :)
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