o som vagueia na boca
sobre a rua pés apressados
apreciam a solidão
tem um grito por dentro
do rosto
onde pousam rugas
e um riso que amarela o sol
toda força sai
quando o olhar deixa a aparência de lado
de frente
(de)vagar
de susto se encontra
Nas mãos dos anos
deitada sobre os dias
que passam
Ouça o girar
A cidade cresce
desce um degrau dos teus sonhos
Lembra
esquece
escreve e muda
Lembra do rio
das vezes de alegria
dos olhos verdes
daqueles dias
Sob a sombra destes tempos
lágrimas
lamentos
a saudade dança com o entardecer
embala os vícios atrás da beleza da pintura
solta o silêncio de tuas coisas
e todo fim é agora recomeço.
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