segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Todo fim

o som vagueia na boca
sobre a rua pés apressados
apreciam a solidão

tem um grito por dentro
do rosto
onde pousam rugas
e um riso que amarela o sol

toda força sai
quando o olhar deixa a aparência de lado
de frente
(de)vagar
de susto se encontra

Nas mãos dos anos
deitada sobre os dias
que passam

Ouça o girar

A cidade cresce
desce um degrau dos teus sonhos
Lembra
esquece

   escreve e muda

Lembra do rio
das vezes de alegria
dos olhos verdes
daqueles dias

Sob a sombra destes tempos
lágrimas
lamentos
a saudade dança com o entardecer

embala os vícios atrás da beleza da pintura
solta o silêncio de tuas coisas
e todo fim é agora recomeço.


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