domingo, 18 de maio de 2014

Cruel e sensato

Não fui
ainda não sou
perdida e consciente
menti para o espelho
e para o tempo
Ah ! O tempo
cruel e sensato
Cabe às vezes em minhas mãos
Mas nunca o toquei
E o que faço?
São sinceros os anos.
E passaram
já passou
nesses minutos que escrevo
sem me enxergar.
Há de lavar-me a tempestade
do disfarce em que me visto
Terei talvez a coragem dos que vivem
Renascerei pela manhã.

4 comentários:

  1. O tempo, realmente cruel e sensato.
    Ótima poesia.

    O POETA E A MADRUGADA
    opoetaeamadrugada.blogspot.com

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  2. Nem sempre nos encontramos...
    Mas tudo é uma questão de tempo.
    Magnífico poema, gostei imenso.
    Já há algum tempo que não te visitava, mas vejo que continuas a fazer excelente poesia.
    Boa semana, querida amiga Cristina.
    Beijo.

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  3. Belíssimo poema!
    Perdemo-nos e encontrar-nos-emos sempre no tempo, que nos tira vida, mas que nos permite renascimento.
    Gostei muito, Milene!
    xx

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  4. A medida do tempo é uma convenção humana. O tempo verdadeiramente não exite.

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