domingo, 27 de maio de 2018

do outro lado do mar

Vejo um passado na superfície
um romper qualquer de arrependimento

as janelas por aqui distanciam os vidros
Não posso tocá - los e sentir o que o sol deixou

Sozinha num outono a derreter - se
em todo fim de tarde
quando as pedras parecem mudar de lugar, e num verde me distraio  e sorrio por longos minutos

sim, está tudo em distração
as folhas no quintal, minhas mãos paradas sobre meus joelhos, meus cabelos se enrolando em minhas pernas

Me abraço sem condenação
lembro - me um pouco dele

Beijo - o
com o vento
a me alimentar

Posso seguir um pouco agora
do outro lado do mar se encontra
meu coração.

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