quarta-feira, 25 de abril de 2018

*

Não saberás de mim
estou entre o poema
e o branco das coisas
aflita, mas silenciosa
permaneço com os olhos fixos
um desejo de passar por mim
e me reconhecer
merecer das mãos
um firme destino
hora vício
hora calma
minhas pernas cansadas
a atravessar apenas uma sensação
de rosas nas mãos
perfume
e
encontro
A saudade está em tudo que não está
no todo a rodopiar pelas janelas e portas
sem revelação
no entanto estou me consumindo
sem ir ou chegar
devolvendo aos outros claridade
que surge da verdade dessa escuridão.

4 comentários:

  1. Encantado com seu espaço e a poesia que acabei de ler, parabéns! Forte, com resquícios apaixonados e um clamor pela intimidade. Abraços,

    Dan
    https://gagopoetico.blogspot.com.br/

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    1. Oi Dan. Obrigada. Você descreveu com exatidão o que sentia ao escrever.

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  2. Muito boa sua poesia! Até me ajudou a refletir algumas coisas enterradas aqui dentro, e que precisavam virar palavras!
    Visito seu blog sempre!
    Abçs.

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    1. Oi André. Sinto o mesmo no seu blog, e também sempre estou por lá. Um abraço e obrigada

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