segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Que fosse feito de poemas . fragmentos

reluto sob este teto de retalhos
vejo olhos que pairam descontentes
me olham como se chorassem à seco

são solitários os dias que lembram algum fim

volto a este teto
silenciosas flores falam de um perfume
de saber
de amar
de andar com os pés na terra úmida
e dar a mão a infância
antes esquecida

Que fosse feito de poemas.

ou pedras , todas juntas
seria um teto de histórias

teço este que por debaixo eu sonho
e descanso, e penso, e rezo,
e durmo e deixo de ser, e volto

com
cicatrizes bonitas,
cheias de ambição e calma

















2 comentários:

  1. Maravilhoso! Dizer mais, romperia o encanto que sinto nesse momento.
    Saudações!

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  2. Devanear de poeta são mundos que quando se vai, vai sozinho. Depois que voltam todos que o leem conhecem os caminhos, e mesmo que nesse ir e vir haja alguns espinhos todos voltam encantados por viver a mesma dor e terem as mesmas feridas. Linda sua poesia.

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