sábado, 14 de março de 2015

ar e pedra


Relatos sobre o nada
navego sem nenhuma direção
expressão
semblante tardio
estações febris e intermináveis
quero tocar meu colo e me abraçar
ar e pedra e faltam-me vidas
bastando-me sobras e mãos
Medo de que na palavra
eu não seja e a verdade se perca
Divago na vagareza das ruas
cavando os olhares no asfalto.

4 comentários:

  1. Você exagera o nada e tudo o que escreve cabe perfeitamente em mim!
    Bjoo'o, Milene!

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  2. Muito linda, relatos sobre o nada... o nada é tantas coisas não é mesmo?
    lindo.
    http://entreonadaeotudo.blogspot.com.br/

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