terça-feira, 27 de janeiro de 2015

é a luz que entra pela porta

às moscas
o prato
a palavra sorrateira nos arredores de minha boca
O corpo inquieto
Teto e brasa
Dá-me asa
para me sobrevoar !
E olhar esse quadro remexido
e as cores escorrendo
Remo sem mar
zumbido
quase um cantar, é a luz que entra pela porta
E o que importa ?
Se a escuridão fez de mim teu nome e lugar

Falo às seis com a cama
Hoje o sol é branco
Espanto, quase dor
Relógio
 e o plágio que fez de minha carência
( Vou sentir saudade. )
 Realidade faz a porta se fechar.




9 comentários:

  1. Tão lindo que dá vontade de reler o dia inteiro

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  2. Li com uma naturalidade incrível. Fluiu.

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  3. Lindamente lírico Milene, foi como se você pintasse um quadro com as palavras. Teu poema é célere e marcante.

    Beijos e que bom que pude descobrir teu blog ;-)

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  4. Que intensidade guria!
    Gostei do jogo de palavras, da sensibilidade.

    Beijo

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  5. A musicalidade nos teus versos, a intensidade na doçura...
    Bom demais te ler, Milene!
    Beijoo'o

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  6. Intensidade, doçura. Misto de insanidade na intensa procura da saída da ilusão e o encontro com a realidade. Do quadro as cores escorrendo, se perfazem em poesia. Sempre bom ler você.

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  7. Conquanto almas gêmeas jamais devessem separar-se, separam-se. Conquanto não devêssemos nos entregar à escuridão ou ao branco do sol, ao espanto, à quase dor ou ao sentir saudade, nos entregamos! Conquanto tão cruel quanto verdadeira, a realidade é a única porta para que em nós um dos dois lados seja o quarto presente. Belíssimo! Beijosssssss

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  8. A intensidade dos teus versos ultrapassa o sentir.
    Um poema que deixa a alma exposta e revela interioridades metafóricas.
    Lindo demais!!!
    Gosto demais do teu escrever!!

    Beijos

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  9. Sonho e realidade são duas coisas presentes na vida, ruim é quando uma separa a outra. Gostei do teu escrito.

    Beijos

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