Tenho lembranças indigestas
chegam a corroer as nuvens que fingem não me observar
Têm me derrotado o cheiro de um amor que pensava ter mudado o gosto
suposto único e irremediável
de morrer de tanto amar
de morrer por não ser amado
contradito a desilusão
colorindo minha paz
que por anos engoliu meu olhar e minha alma em preto e branco
algumas lembranças contradizem o querer!!
ResponderExcluirLindo versar!!!
Beijos
Marabilloso, do primeiro ó último verso. Hoxe estoy de visita a fondo e non deixas de abraiarme o.o
ResponderExcluirTudo se resume no querer e não querer este é o mote do sofrer e tudo que realmente faz doer dando azo a ilusão de que um dia houve felicidade. Ficam as lembranças. Abraços poéticos!
ResponderExcluirQue lembranças serão tais que consigam chegar às nuvens e derrotar o cheiro de um amor de que se pensasse ter mudado o nada em tudo?
ResponderExcluirA beleza profunda desse poema repousa sobre esse jogo de palavras tão magistralmente elaborado para tratar dos sentimentos amor e desilusão. Alcançaste uma beleza única. Mesmo no título. Penso que, talvez para a grande maioria, amor e desilusão sejam duas metades do mesmo sentir, e só resta saber quem vem primeiro.
Muito belo. Beijossssssss