quinta-feira, 1 de março de 2018

Secretamente

Não desejo me calar
vossos ouvidos, apenas ouviram meu silêncio
eu os via como florestas de árvores altas , 
um gritar de um pássaro que nunca soube o nome
zumbidos e só
pretendia apresentar-lhes o vermelho escondido em minha pulsação, 
também escondida
Não lhes quero
não há querer em mim algum
beber de seus rios ou atravessá-los
não mais
o abalar das árvores em minha alma desafiou-me
deixei infância e juventude por isso?
Mulher !?
resistente e comedida

o não saber de ti 
pode dar aos zumbidos
dai a eles de comer os seus restos
                                      Quanto ao grito do pássaro 
                                                                 atalho e liberdade.


5 comentários:

  1. Curiosamente na senda coerente da temática "Liberdade", apresentada no post anterior.

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    1. Verdade Eros, uma busca incessante e por vezes inconsciente, pois não saberia saber o que fazer com ela. Obrigada pela visita

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  2. Sem dúvida que não existe maior liberdade que o cantar de uma ave. Gostei muito da intensidade do poema.
    .
    * Soneto escrito no escuro ... em versos de luz sombria *
    .
    Deixo um abraço amigo

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    1. Obrigada Gil. O grito do pássaro são em mim, as palavras que aqui escrevo. Um abraço.

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    2. *é em mim as palavras que aqui escrevo ( corrigindo) ;)

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