É cortante o silêncio depois das seis
Me olhas assim e também me cortas.
Finjo flagrar a alegria, finjo vê-la escorrer das crianças que brincam com o tempo. Tu me vêm numa altura além de um céu, o azul dele está mais perto e é quase sincero. Tenho engolido o tédio ao reinventar a sanidade, mas nunca gostei de me alinhar, sempre foram tortas minhas linhas, finas quase invisíveis aos outros olhos. Hoje, queria sentir fome de qualquer coisa que saciasse meu corpo e meus pensamentos. Mas tu não me ouves, eu mesma nem sei o que digo, foges a olhar um horizonte teu. Eu vertical e pobre vou me unir aos que descansam sem nenhuma ilusão.
Alguns silêncios nos dizem tanto, para curar ou para ferir...
ResponderExcluirSensível confissão, Milene. Gostei!
Eu também nunca gostei de me alinhar, pelo menos não em muitos sentidos, mas, sinceramente, não acredito que exista alguém, descansando ou não, sem nenhuma ilusão. Somos todos, em diferentes graus e por diferentes motivos, iludidos, e o que acontece é que alguns, com o tempo, abrem os olhos mais do que os fecham.
ResponderExcluirSensível, gostoso e suave, assim é tudo isso que você escreveu.
ResponderExcluirO silêncio, às vezes, é tão amigo e conforta, quanto é pesado e fere :/
ResponderExcluirGostei daqui, Milene. Estou ficando!!
Beijoo'o
Caso queira, me faz uma visita também:
flores-na-cabeca.blogspot.com.br